segunda-feira, 26 de julho de 2010

Inclusão começa na infância

Ser uma pessoa inclusiva é uma construção que deveria começar na infância. Educação inclusiva, além de beneficiar as crianças com necessidades especiais, ajuda crianças ditas normais a aprender a conviver com a diferença. O diferente se torna habitual, parte do cotidiano e, portanto, menos assustador. Educação inclusiva faz dos pequenos, pessoas melhores. E todos nós podemos ser um pouco educadores inclusivos, mesmo fora da escola. Sinto isso nas minhas sobrinhas... Desde pequena, levo a mais velha para conhecer meus clientes... Ela teve medo no início, falamos sobre isso e ela foi elaborando. Outro dia fomos ao teatro com uma amiga que tem uma filha especial e minha sobrinha correu com ela tirando fotos com os atores da peça. A moça especial guiando minha menina. Não havia vergonha ali, apenas duas jovens felizes na sua tietagem! Minha sobrinha aprendeu a ser inclusiva! E me orgulho de ter ensinado isso a ela e me orgulho dela por ter aprendido. Inclusão se aprende! Não nasce com ninguém. Comecei meu trabalho com a outra sobrinha de dois anos. Ela viu uma vaquinha de brinquedo que comprei para uma paciente. Queria para ela. Contei a história da paciente, uma moça abandonada pela mãe e que vive nas ruas. Já fiz postagens sobre ela. Disse que minha paciente precisava do brinquedo mais do que ela. Minha menininha me deu o brinquedo de volta e falou: dá pra ela, ela não tem mamãe. Inclusão tem a ver com empatia, entendimento da diferença e do sofrimento do outro. Compreensão, mas não pena... Seguirei ensinando para ela e sonhando que minhas sobrinhas façam a sua parte para que esse mundo seja um pouco melhor e mais solidário quando elas crescerem.

2 comentários:

Élida disse...

Oi,Pat estava lendo o que vc escreveu sobre Educação Inclusiva e concordo com vc e mesmo com a criação do Programa de Educação Inclusiva, a inclusão dos portadores de deficiências,ainda se configura como um problema grave dentro da Unidades Escolares,pois não dispomos de profissionais preparados para atendê-los, ausência de um sistema adequado às suas necessidades, escassez de recursos e até mesmo a resistência familiar. Estes são alguns dos desafios que enfrentamos para a inclusão social dos portadores ...infelizmente ainda há muito que se caminhar nessa estrada.
Um bjo

Márcia Haydée disse...

Que bom ter você junto pra educar nossas meninas... Beijos!!!!!